Kadir, um menino inglês, é raptado e levado para longe, onde vive marginalizado e em extrema penúria. Casualmente, se aproxima do príncipe Omar, filho de um poderoso xeique, revelando as diversidades culturais do oriente e ocidente nessa convivência. Ainda que desconheça a própria origem e viva uma realidade brutal, Kadir sonha com um futuro melhor, provando que as virtudes adquiridas em espírito são tesouros incontamináveis e que ninguém pode tirar. Acima das dramáticas circunstâncias e realidade cultural tão adversa, o amor se mostra como lei maior, seja de Peter e Constance, seja daqueles que já alcançaram a compreensão do amor fraterno. Deus ou Allah, o importante é que leve ao bem e ao verdadeiro progresso da humanidade. Originalmente editado pela Lorenz, sob o título O paradigma da humanidade.
O catarismo foi um dos mais bem articulados movimentos ideológicos da história. Iniciado em torno do ano 1000, expandiu-se rapidamente pelo sul da Europa e atingiu a maturidade entre os séculos XII e XIII, no Languedoc francês, onde encontrou uma sociedade predisposta a acolher suas renovadoras propostas, que consistiam basicamente em um retorno à pureza da herança cultural do Cristo, sem as deformações que tanto o descaracterizavam. Contudo, sofreu tenaz perseguição da Igreja, especialmente da tenebrosa Inquisição, que o levou à extinção literalmente a ferro e fogo. Numa releitura do problema cátaro, este trabalho adota uma abordagem igualmente inovadora e inevitavelmente polêmica, ao apresentar o catolicismo como heresia, e não o catarismo. Editado anteriormente pela 3 de Outubro.