Esta viagem levou Allan Kardec a visitar acima de vinte diferentes cidades da França, ocasião em que presidiu cerca de cinquenta reuniões. Esse empreendimento foi motivado em atenção a um convite subscrito por quinhentos espíritas da cidade de Lion. No decorrer dessas seis semanas de 1862, ao outono sucedeu o inverno e foi através da chuva, do frio e da neve que o grande missionário se locomoveu pela província francesa. Num percurso de 193 léguas (acima de 1158 km), o Codificador fez diversos pronunciamentos, colheu inúmeros depoimentos, observações e pôde pessoalmente constatar os imensos progressos efetuados pelo Espiritismo. As palestras de Allan Kardec, nessa viagem de esclarecimentos e fortalecimento aos grupos, tornaram-se indispensável auxílio aos grupos espíritas, tanto no que diz respeito à organização e administração das sociedades espíritas, como no que concerne à Doutrina Espírita.
A obsessão se processa através da atuação da mente do espírito desencarnado sobre a mente do espírito encarnado, isto é, entre "mortos" e vivos, levando-se em consideração, inclusive, o quadro reencarnatório preestabelecido do ser encarnado. Situações incômodas e inexplicáveis se apresentam à primeira vista, suscitando indagações: como se livrar e se proteger de um processo obsessivo? Através do acompanhamento, análises e curas de inúmeros casos de obsessão, por intermédio do próprio Allan Kardec, encontram-se respostas a essas indagações.
Trata-se da primeira tentativa de um vocabulário espírita - cerca de 160 verbetes - realizada pelo próprio Codificador. Notável quadro sinótico da nomenclaruta espírita. Lançada em 1858 (O Livro dos Espíritos data de 1857) esta é, em ordem cronológica, a segunda obra da Codificação. Onze capítulos, dedicados aos médiuns e estudiosos da mediunidade. Obra esquecida que Jean Mayer, o grande sucessor de Kardec, redescobriu em 1923. Trabalho de síntese, em que a didática do professor Rivail se faz extraordinariamente sentir, revelando-se uma apostila endereçada às Escolas de Médiuns.