Século 19, Itália. Um padre ousa questionar a Igreja - seu poder, seus princípios e sua hierarquia. Grande é o seu desejo pelo sacerdócio, mas não pode contestar o que vê, ouve e sente. Presencia o auto-de-fé de Barcelona, recebendo as obras básicas do espiritismo, incluindo uma dedicatória de Allan Kardec, com quem viria a se corresponder muitas vezes. Expulso da Igreja pelo Papa Pio IX, dedica-se a um centro espírita e a uma escola que vem a fundar. Até os seus derradeiros dias, foi chamado de Padre Justiniano, emissário do amor que, incansavelmente, divulgou a mensagem da imortalidade, influenciando a vida de um povoado.
Sacha tinha certeza de que aquela seria uma noite perfeita e inesquecível. Acabara de completar 15 anos e participaria do baile de debutantes. O jovem capitão da equipe de futebol da escola, João Moreira, seria seu acompanhante. Quando, de repente, uma colisão frontal, terrível, forte e assustadora! Ferros retorcidos, correria, telefonemas, ambulância, sirenes, hospital, gritos lancinantes de dor e desespero. Sacha entra em coma e assim permanece por longos anos. O sofrimento, aparentemente sem fim, dá lugar à oportunidade de aprendizado e restabelecimento, quando ela desperta na espiritualidade e descobre que ainda está ligada ao corpo em razão do coma, até o instante derradeiro de seu desencarne. Nesse caminho, ela e a família descobrem a doutrina espírita como o único consolador capaz de trazer um refrigério àquelas almas. Com isso o "não aceito morrer", repetido de forma tão revoltada por Sacha, dá lugar à aceitação serena de um "não aceito morrer" com a consciência plena de que a vida continua.