O mais original, profundo e versátil dos renovadores da poesia francesa no primeiro quartel do século XX, Guillaume Apollinaire pode também ser apontado como um legítimo precursor de todos os movimentos vanguardistas surgidos nas décadas que se seguiram. Apollinaire tornou-se amigo de poetas, como Max Jacob, e de pintores, como Picasso e Georges Braque, participando ativamente de suas discussões e formulações de vanguarda. Álcoois (1913), sua obra-prima, reflete sua experiência de um período de cárcere. Esta tradução foi feita pelo escritor Daniel Fresnot, um profundo conhecedor da obra de Apollinaire.
O Noviço (1845), uma de suas comédias mais célebres, narra a história de Ambrósio, um escroque que, de olho no patrimônio da rica esposa, tenta forçar a filha desta, Emília, a tornar-se freira. Em O Juiz de Paz na Roça (1844) retrata os tipos e as situações de província. Já em Quem Casa Quer Casa o autor ridiculariza a hipocrisia profissional e religiosa, a corrupção e o oportunismo na vida social brasileira.