Nesta obra o autor narra uma história verídica, vivida por ele mesmo, de 1824 a 1861, no século XIX, na França, na qual um romance impossível e a política se fundiram nos ideais de um jovem que, sem perceber, desviou-se de um caminho que tinha. Esse desvio o fez sofrer mais do que deveria, mas ele só pôde perceber isso tardiamente.
A história de dois amigos, jovens advogados que não viviam na mesma condição espiritual. Marcos, dedicado ao bem do próximo, amigo, sincero Túlio, orgulhoso, humilhava os subalternos, desprezava os valores morais e condenava as atitudes nobres do amigo. Nesse contexto contraditório, encontram-se os personagens caminhando para o cumprimento de suas programações reencarnatórias.
A regressão a vidas passadas é, hoje em dia, reconhecida como um poderoso instrumento de cura psicológica, espiritual e física. Segundo a doutrina da reencarnação, o Espírito volta por muitas vidas reencarnado, e passa a adquirir habilidades e a fortalecer a capacidade de evoluir espiritualmente. A nossa vida presente é o resultado de vidas anteriores, e a nossa vida futura dependerá das que já vivemos e da maneira como hoje estamos vivendo. Dessa forma, o progresso é o resultado do esforço através dos tempos. A autora percorreu vidas passadas em busca de respostas e explicações a fatos ocorridos na sua vida presente. Descobriu que todas elas estavam associadas à vida presente. Suas narrativas de experiências vividas revelam histórias que se repetem, com o objetivo de reforçar as lições a serem aprendidas enquanto não forem totalmente absorvidas pelo Espírito que caminha à evolução. Mostra, ainda, que é de suma importância entender as mensagens recebidas em cada vida e fazer a transmutação do padrão energético das vivências negativas para que se possa atingir a evolução espiritual mais rapidamente.
Cada vez que renascemos, trazemos alguma bagagem de conhecimentos positivos e muitos desacertos. Por que isso? A fim de atingirmos a evolução espiritual por nós mesmos, a ponto de aprender tudo o que esta escola pode ensinar-nos e não mais necessitarmos voltar a reencarnar no educandário planeta Terra. Essa é a Lei. Nesse sentido, quando se tem consciência de que é preciso fazer algo diferente, mesmo que à volta tudo indique que as pessoas seguem por um caminho que acreditamos não ser o nosso, devemos seguir em frente e buscarmos encontrar o próprio caminho, seja ele diferente dos demais ou não. Quando assim fazemos, pode tardar esse encontro, mas com certeza ele acontecerá. Foi assim com André e assim será com qualquer um que tenha vontade e esforce-se para isso. Na inquietação da juventude, André busca encontrar a sua espiritualidade, freqüentando diferentes confissões religiosas. Encontra no Espiritismo o consolo e os esclarecimentos sobre os fenômenos mediúnicos que ocorriam consigo e com a sua família. Ao descobrir-se médium, passou a estudar essa faculdade e entendeu que ela é inerente à própria vida. Em todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacertos, a mediunidade é qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas. Como instrumentação da vida, surge em toda parte. Entendeu ainda que o lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume, e que, em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam, moldando-nos as manifestações, segundo as nossas possibilidades. Quando o leitor entra nessa história e aventura-se na descoberta da espiritualidade de André, provavelmente se identifica com o personagem, mesmo que os objetivos sejam diferentes dos dele. O leitor pode descobrir que também tem sensibilidades que desconhece, então entendê-las e praticá-las para aprender com os exemplos, que por certo trarão grandes ensinamentos.