Em razão da arrogância desenfreada e dominado pelo ciúme, Bartolomeu arquitetou um plano que acabou por ceifar, pelas mãos do ganancioso Coronel Tertuliano, a vida de sua esposa, Mariana, bem como a do filho que ela carregava. Aturdido e desequilibrado, também interrompe, ainda que não intencionalmente, a vida de seu próprio pai. Como esperado, após a desencarnação, Bartolomeu vagou por regiões trevosas durante várias décadas, nas quais enfrentou sofrimentos terríveis. Entretanto, o nosso Criador, em Sua misericordiosa e justa bondade, ofertou-lhe a oportunidade de uma nova reencarnação, agora como Inácio, na condição de escravizado, para que tivesse outra chance de se redimir com aqueles espíritos a quem outrora infligiu tantas dores. Ambientada no sertão baiano, Morro do Pai Inácio nos ensina que todo ato praticado contra a Lei Divina provoca um desequilíbrio que precisa ser reparado. No entanto, as penalidades não são eternas, pois o objetivo é apenas restabelecer o equilíbrio, e o cumprimento de tais penas fica subordinado ao livre-arbítrio de cada um, podendo ser abreviado pelo sincero arrependimento e pelo desejo de reparação.