Um daqueles que você ama vai morrer. Debruçado sobre ele, o coração apertado, vê-se estender, lentamente, sobre seus traços a sombra do além. O fogo interior lança apenas pálidas e trêmulas luzes; e eis que se enfraquece ainda mais e depois apaga. E agora, tudo o que nesse ser atestava a vida, esse olho que brilhava, essa boca que emitia sons, esses membros que se agitavam, tudo está velado, silencioso, inerte. Sobre esse leito fúnebre, há somente um cadáver! Que homem não se perguntou sobre a explicação desse mistério e, durante o velório, nesse colóquio solene com a morte, pôde não pensar no que aguarda a si próprio? Esta dúvida interessa a todos, pois todos serão submetidos à lei. Importa saber se, a essa hora tudo está terminado, se a morte é apenas um melancólico repouso no aniquilamento ou, ao contrário, a entrada numa outra esfera de sensações.
Esta obra aborda o homem como ser vivo participe do ciclo fechado da natureza - o nascer, morrer e nascer de novo - por sua atividade, cuja ação se liga peculiarmente ao corpo perecível, contingente. Examina também a expressão infinita de seu labor constante e construtivo-existencial para estabelecer o ciclo aberto construtivo da espiral da vida, fora do tempo, do espaço e da casualidade.