Um livro de contos que ficou famoso mais pela censura que recebeu do regime militar sob a alegação de "exteriorizar matéria contrária à moral e aos bons costumes" do que pelo engenho que encerra. São histórias unidas pelo tema da brutalidade, violência e pornografia à técnica do melhor contista brasileiro contemporâneo. Se o Brasil oficial recusou e proibiu no passado, o Brasil real tem a chance de nele se reconhecer pelo talento de Rubem Fonseca.
Carnaval no Fogo não é um livro sobre o Carnaval. A ação se passa em todas as épocas do ano e da agitada história do Rio - da primeira índia tupinambá que namorou um pirata francês ao último réveillon em Copacabana. Esse vibrante retrato do Rio de hoje - com muitas viagens ao passado - mostra que havia sempre uma excitação no ar: um permanente "Carnaval no fogo". Aqui está o Rio dos antropófagos que encantaram os intelectuais europeus, dos fotógrafos pioneiros que clicaram a cidade como se estivessem num avião - 70 anos antes de o avião existir -, da loura Nair de Teffé e da mulata Chiquinha Gonzaga. Carnaval no Fogo é a história dessa fascinante superação do povo carioca.
Neste romance vencedor do Nobel de Literatura de 1994, o personagem Bird, professor de 27 anos, leva uma vida medíocre bebendo nos bares de Tóquio e sonhando com aventuras na África. Sua mulher engravida e, depois de um parto difícil, descobrem que a criança terá uma vida vegetativa. Bird terá que confrontar o problema e percorrer um caminho de amadurecimento. Em 1964, o escritor Kenzaburo Oe descobriu que seu primeiro filho tinha uma anomalia cerebral. Este fato o levou a escrever esta obra, que deu início a uma formidável carreira literária.