O caminho do amor é um caminho fatal. Numa ou noutra existência, ou ainda em várias e várias reencarnações, as vítimas da ignorância se alinham, de uma forma ou de outra, às leis da moralidade, passando então a um convívio amigável aqueles que antes se digladiavam perdidamente. Esta obra é um alerta àqueles que fazem da sua religião a sua própria arma de orgulho e descompaixão, de fanatismo e franca animosidade para com os irmãos de outras crenças.
Muitas vezes, o fanatismo conduz ao zelo excessivo em torno de uma doutrina. Sem saber, o crente se vê iludido pelo próprio orgulho, passando a se distanciar dos demais. E há aqueles que, ferrenhos em sua própria religião, deixam de enxergar, mesmo tendo a verdade bem à frente dos seus olhos. Esta obra trata da fé e da humildade em embate com a razão, caminhando juntas, quando a sabedoria da simplicidade e do não preconceito abre a janela para a expressão maior do espírito: o amor.
A destinação de todos os seres é evoluir para Deus, sendo a religião um portal de luz facilitador desse processo. Todas são bênçãos de arrimo ao Espírito. Contudo, às vezes o preconceito e fanatismo pretendem manchar o religiosismo, criando um clima de conflito. É quando o egoísmo domina o ser humano e seu exclusivismo, marcado pelo orgulho, fomenta um perigoso separatismo. Jacó, com sua humildade, mostrou que o amor transcende qualquer religião, promovendo a tão desejada fraternidade entre os povos. A Terra é o palco do aprendizado da alma e cada obstáculo transposto é vivência a mais no caminho da luz.
Os dois seres que na Terra se colocaram como Sentinelas do Pecado, Isaías e Caroline, encontraram no recato da religião a força da sublimação do grande chamado do amor que os unira por várias encarnações.
Augusto tinha em suas bases cristãs o desejo de tornar-se um sacerdote. Mas a vida lhe deu um golpe fatal que o fez enxergar muitas coisas. Quando restaura sua fé por meio da doutrina espírita, o jovem acaba sofrendo diversas perseguições. Como Augusto encontrará formas de vencer o fanatismo religioso e os ataques da sociedade? Com muita luta, ele mostrará que o fanatismo do homem não o permite perceber que Deus não tem religião.