Michel de Laroche, escritor francês de best-sellers, mergulha nas cenas de seu romance narrado em meio ao Terror, período da Revolução Francesa. Produtos de sua mente, os personagens viveram os meses terríveis durante os quais Robespierre estava no poder e mandava milhares de pessoas para a guilhotina. A ficção ganha estranhos ares de realidade quando os personagens passam a interferir em sua vida. Michel parece ultrapassar a fronteira da loucura. Ou seriam fantasmas retornando do passado para narrar suas versões da história? O autor foge do lugar-comum e resgata fatos da Revolução Francesa que narram os antecedentes do surgimento do Espiritismo.
O catarismo foi um dos mais bem articulados movimentos ideológicos da história. Iniciado em torno do ano 1000, expandiu-se rapidamente pelo sul da Europa e atingiu a maturidade entre os séculos XII e XIII, no Languedoc francês, onde encontrou uma sociedade predisposta a acolher suas renovadoras propostas, que consistiam basicamente em um retorno à pureza da herança cultural do Cristo, sem as deformações que tanto o descaracterizavam. Contudo, sofreu tenaz perseguição da Igreja, especialmente da tenebrosa Inquisição, que o levou à extinção literalmente a ferro e fogo. Numa releitura do problema cátaro, este trabalho adota uma abordagem igualmente inovadora e inevitavelmente polêmica, ao apresentar o catolicismo como heresia, e não o catarismo. Editado anteriormente pela 3 de Outubro.