No Brasil da escravidão, espíritos cumpriram uma de suas encarnações mais dolorosas e ofereceram testemunhos pungentes. Jacó, escravo na Fazenda Santa Maria, foi desafiado pela sua realidade ao almejar o amor da Sinhá. Com a ruptura do véu que o fazia sentir-se querido pelos seus senhores, nasceram sentimentos como ciúme, ira e insatisfação. Ferido em seu íntimo e sintonizado com pensamentos destrutivos e inferiores, o espírito falho encontrou na reencarnação a escola que conduz a reequilíbrio e evolução permanentes.
Recordações de Juliana, Olavo e Josué, três espíritos que se preparam para reencarnar com o auxílio dos orientadores de uma instituição do mundo espiritual. Demonstra o quanto é necessária a avaliação cuidadosa e constante dos atos cometidos no passado. Pela coragem e determinação com que esses espíritos se empenham em se transformar e progredir, estimulam a seguir seus exemplos, auxiliando a superar os erros pela compreensão da lei de causa e efeito e pela prática constante da humildade. Álvaro, um dos orientadores, mostra que ao aceitar a reencarnação como um fato e a lei da evolução como consequência, geramos seres compreensivos e incapazes de buscar justificativas para os atos de ódio ou vingança já praticados, seja nessa vida ou em encarnações passadas, deixando claro que a única maneira de se libertar dos laços cármicos que nos mantêm presos a ambientes espirituais menos evoluídos é perdoando e buscando a conciliação com os inimigos.